quarta-feira, 31 de julho de 2019

Do umbigo: o “círculo aconchegante”.

Do umbigo: o “círculo aconchegante”.

Não há menção em nós mais forte que a pele. No romance "A festa da insignificância" Kundera nos faz olhar de novo para história - seu foco: o umbigo. Essa brincadeira de nos fazer ver o encoberto é a mais bela declaração de amor à vida. Nosso umbigo ideológico? Göran Rosenberg, escritor e jornalista sueco, cunhou o termo que deu título à nossa conversa aqui: “Círculo aconchegante”. Este seria um um regime de aceitação, “intuitivo”, que nos acomoda num espaço inquestionável – talvez por isso relacionei este termo com o “umbigo”. Como estudioso da Democracia, sua fala, publicada em 2000 “La Nouvelle Lettre Internationale” aponta para a diferença naturalizada entre “nós” e “eles”. A maioria dos temas que precisamos enfrentar sofrem a asfixia deste “sentimento de umbigo”. Na aldeia global nosso umbigo é o centro do mundo. Se você tentar se desprender dele, sua marca vai te acompanhar... e te desafi(ar)!

[1]COLUNA: “Um pedaço d(e) palavra”.Desde o dia em que nos chamaram para marcar a nossa terra. A terra deixou de ser nossa. Parece estranho, mas é esse o nosso paradoxo: somos estranhos no ninho. Paredes cada vez maiores – castelos de esque(cimento). A hermenêutica dos dias nos desafina, por isto aqui estarão alguns pedaços de palavras - uma ponte –um olhar "global". 
[1]É professora teimosa: vai desdobrando vocabulários na sina de traduzir a vida. Professora universitária, mestre em ordem jurídica constitucional pela UFC (2013), advogada, fica tecendo pesquisa em hermenêutica dos direitos fundamentais e em ensino jurídico, porque, insiste, é lendo o humano que aprende mais. Faz tudo isso ouvindo música – e quem dirá que escrever não é “sinfonar”?   
[1]BARTHES, Roland. “O prazer do texto”. Tradução: São Paulo: Editora Perspectiva, 1987. Título original: Le Plaisir du Texte. 86p. p. 11.
[1]Aqui faço referência a um, dentre tantos, movimentos de escrituras pela cidade: “Beijo na Cidade”, de Sérgio Gouveia. 

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