terça-feira, 31 de julho de 2012

Traves ambulantes...



Pela pressa de seguir ia esquecendo.
Estava tomando o pé na areia quente, descalça.
Queria o máximo de mim.

É estranha a sensação de não caber em si.
De escapar-se.
Aquele sentimento de pressa estava preso – inquieto, mas imóvel.
Do nada reverteu-se em anseio e
De tanto querer, cegou em mim o olho para o algo mais.

“Ileide, as traves estão se movendo!”.

E para quem não sabe do que aqui falo, vou dar um breve relato.

Dia de sol fervendo e aquele olho por entre os fios de uma simples rede estavam a peneirar alguns segundos.

Não sabia se ia ou se ficava ali recolhida.

Por alguns instantes lembrei: esse dia pode ser comum ou único...

Ninguém além de mim pode destacá-lo...

O mais engraçado estava nesse misto de deitar e não dormir.
A insônia vem sempre acompanhada de um atropelo de questões.
Um sentimento híbrido, inconstante.

Alguém pode entender isso?!
Que somos mais inquietos quanto mais a aparente quietude nos atordoa?!
Quando não conseguimos andar no curso real de nossas rotinas e queremos ancorar em cada gota de água como se fosse um mar aberto ao novo...

Ela não resistiu mais fechar os olhos e não dormir e correu..
E falo “Ela” sabendo que qualquer um sentirá que falo desse “Eu em mim” , desse meu escorregão e aparente mergulho na existência...

Saindo.
Corri.
Mas dessa vez não era de mim...
Tomei um simples impulso: dei um salto daquela rede – me desprendi!

Aquele dia de pensar tornou-se num outro, ao avesso.

Arriscou-se em dunas,
correu com amigos e nadou diante do céu escandalosamente aberto...
Mas atreveu-se em olhar para trás.
Já eram 17:30h.

Como sabem, frio já corre por essas horas.
Mas Ela não o sentia
Cercada estava do que não previu, do que apenas sentiu e tomou pé..., que nem sabia mais do que outrora tinha ruminado...

Num joguinho simples: chinelos como traves.
Ela relembrou e traduziu seu dia.

Corria esbaforidamente.
Tentava  tomar a bola e atravessar as fronteiras de calçados...
Mas tinha que marcar alguns que corriam tentando fazer o mesmo do lado de cá...
“Ileide, as traves!!!”
De tanto correr não percebeu...

Alguma água danada os arrastou
Toda aquela correria de defender-me estava sendo vã
O máximo que conseguiria seria deixar o jogo empatado num zero a zero

Já notou como podemos perder?!
Como teimando num momento só podemos obstruir todo um dia que deveria ser único?!
Quantos casais que agora brigam amarrados num momento frio?!
Quantos dias que respiramos mais lento, pedindo fôlego, porque nos abandonamos nas redes de tantos medos e anseios?!
Quantos dias perdidos assim!?

Agora pense comigo:
Como seria meu jogo se alguém não tivesse gritado de fora: “As traves!!!”
Como seria se eu não tivesse ouvido por estar aturdida num único foco...!?
 E se eu tivesse me rendido àquela rede e pensar de insônia?!

Um instante pode ser o suficiente para resgatar a vida e o dia...

A vida pode ser peneirada sim
Pode ser angustiada, angustiante
Mas ela pede mais que o pensar: ela exige um salto
Uma escorregadela na existência impossível


Aquela rede abandonada
Aqueles calçados flutuando, movendo-se
Sabe a sensação de “missão cumprida”!?

Pois é: estava no meu Eu aquele frisson todo?!
Estava em mim aquela correria e vontade de examinar cada gota ?!
Estava aonde?!
De onde retiramos essa vontade quando em nosso EU já nada há!?

Deve-se a quem!?
A mim?!
Mas aqui dentro pulsa um coração ambíguo, contraditório, que grita silêncios e silencia berros

Dever-se-á à vida, ou ao Sol, em sua maneira linda de arrastar um amanhecer radiante após longa noite sombria !?!?

Dever-se-á ao Criador incriado?!

Que belas ideias: a rotação, translação...!!!
Múltiplos giros para nos fazer esquecer que rodopiamos sempre 
Tudo o mesmo
O que diferirá restará em nossas mãos
Mas precisamos aprender a andar sem enjoar,
diante de tantos e mesmos giros...

Devemos rabiscar novos e outros sóis, ainda que ainda estejamos...dia a dia...
sob o mesmo sol...


Pelo o q você tem guerreado?!
Tens ouvido os alertas  do dia?!
Tens escutado vozes além do Eu em ti?!
Tens percebido o que se moveu enquanto você cochilava ?!

A vida (re)quer percepção...

As traves da tua vida podem se mover, mas o Sol da Vida está intacto...

Corra!!!!


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Pergaminhos...



Meu pergaminho deve estar escrito,
Mas o que está engarrafada é a minha vida...

Ela flutua por ondas que nem sei de onde vieram,
Ela flutua,
ela ultra-passa o seu próprio passo,
Ela submerge,
mas é impelida...

Ela anda..
Não sabendo bem do  seu curso...
Ela segue...

Há um texto em seu vidro frágil...
Ele parece quase intacto...
As águas não conseguem invadi-lo totalmente...
E ela segue...

Flutuando, serenizando e estremecendo,
dentro de mim submergindo aos poucos e, ainda assim, seguindo...
O medo tem signos diversos

Flutuar dentro dos medos e águas invasivos
Caminhar mesmo engasgada de nós
Deve ser resultado de um Destino mesmo
Acho, hoje mais do que nunca,
Que somos cópias de um Deus silencioso demais!


Acho, apenas acho, não como crença, mas como esperança
Chegaremos e chegamos além dos medos multifacetados
Não por algo de nós
Mas
Por algo
EM NÓS!

Vou flutuando,
apenas isso...

domingo, 22 de julho de 2012

“O dia de hoje?!”





O dia de hoje?!
 qual queres conhecer?!
 o que se vive na pungência do sentir?!
 ou aquele diluído na absurdidade das escolhas vívidas?!


O dia de hoje?!
 já quase inexisto dentro dele.
 Pasmada entre segundos perdidos e achados no cruzamento das oportunidades perdidas.


O dia de hoje?!
 um susssuro....................
 que se rouba do tempo,
advindo de um encanto lúdico,
 do desvairar o instante num outro: sonho!
Calcado nas rodas da eternidade
 Anormalmente etéreo....comum.


O dia de Hoje?!
 Será um misto de um outro dia?!
Um sintoma desperto daquele inesperado
devir...




O dia de hoje,
essa escuridão:
passageiros...


Seguirão seu curso...

Abandonados,
no
Dia de hoje que se foi, no abrir e fechar dos meus olhos que teimam




 insones...

Uma pulsão...


As páginas são meu desafio calado, estou a cerrar tantas letras em páginas brancas que nem poderia somá-las,
“presenteá-las” ao lixo que, ao vê-las, lhes reclama, ah que encanto lúdico!,
mas continuo nesta provocação, nesta falta de rubor por enfrentá-las...
Certa vez, estive em queda de braço com elas,
mesmo quando a mente estava silente e sem nenhuma sombra de imaginação metafórica que  pairasse,
pus-me a esta chaga de cercar as palavras todas ali, como se, por um instante, elas fossem minhas,
tentei manipulá-las, fiz-me até de seqüestradora, rogando-lhes mais um tempo comigo, mas nada adiantou,
Fui feita refém,
fui mordida por um veneno,
um certo vício:
sempre vê-las sobre a pálida matiz ...

Um choro, um anúncio..


Nem sempre são espalhados os convites para a dita data festiva: aniversário!?
Mas sabe-se do dito costume anual, em todas as tribos: Feliz aniversário...
o dicionário traz a lacônica descrição: “dia em que algo ou alguém, completa ano”,e os anos estavam em falta?
e o que completou-se naquele ser que bate palmas ao ar e sorri ao devir para esconder seu medo?!
meu Deus, como é patético desenrolar-se em dias mal contados, comemorados por algum folguedo de esperança daqueles que aprenderam contar?!!...
sim, mas e a viver?!hummm...basta completar anos?!
Bem cedo fui empurrada por um ventre irregular,
mesmo ali, enrolei-me ao máximo com aquele duto alimentício, fiz, deveras, força para ficar,
mas fui vencida por algum membro da escola de Hipócrates...
vieram as lágrimas, seriam aquelas as primeiras, confusas e cegas...mas cobertas por um manto de mistérios...
vejo-me então por entre algumas brechas saudosistas?!não, muito de crítica se enleva nessa hora...
guardo-me em um espaço pequeno, dias que resumiria em breves horas, incompletas?!...nada mais...
parece-me que encontrei a díspare verdade – “nada vale a pena debaixo deste sol”
mas tão pouco eu tentei – que seria de mim sem aquele empurrão primeiro?!
Desde o ventre envolvida, mas apenas em nós, nada que estivesse do “lado de fora”
Parecia que o oráculo lia no ventre exposto de minha mãe, meu destino:
Numa Sonata: “deverás desenrolar-se deveras – por toda a vida”...
Quem conhece meus sonhos nem imagina de minhas realidades – na verdade, nem mesmo eu...
Abismo que escapa aos olhos
seriam as notas deste futuro que, dia a dia – conheço – desconheço
Há mais de trinta anos o futuro vem se mostrando a mim
Sempre discreto, mas na maioria das vezes bem aquém de tanto sonho e esplendor
Talvez chegará o dia em que me ouvirão meus ouvidos,
E eles saberão que estava certa
Minhas letras confusas farão sentido
e, quem sabe?!
Meus olhos,
Enfim,
Sejam abertos
Até o dia em que cessem as lágrimas
Meus olhos se fechem
Volte ao útero do eterno mistério da vida...
sem pranto –
pelo menos não o meu!
...

sábado, 21 de julho de 2012

Aforismos dialogados: meus malabarismos goticulados...



MENTIRAS. Tão desnecessárias,tão vis.São esconderijos de covardes.Vi várias cabanas,muitos lá morando.Virá um fogo, corram de lá!!


MENTIRAS.Ela suspeita sempre.Ele cria argumentos e fala dos desvios do seu dia.Ela recusa mostrar-se.Intenta colocar tudo num tapete inquieto


IDEAL. Ela continua a sonhar de amor. Ela recostou a vida nessa espreita pelo sonho. Tentando avisá-la alguma estrela caiu.E ela descreu..


SILÊNCIO.Ela perde-se quando nada é dito.Ela ouve vozes, irreais.São aqueles velhos fantasmas: sombras pungentes de antigas experiências..


SURDA. O tempo é o do hoje.Daquilo que me contam do futuro eu tapo os ouvidos da alma..Do passado eu ainda ouço soluços, mas ouso recusá-los


MALABARES. O dia pedia equilibrismo mais que equilíbrio! Um bom ar perdido. Um corda bambeando. Duas taças de vinho, ou mais...


amizade. Melhor que vinho: uma amizade que levanta a taça do dia e a enche de sorriso! 


ADÃO E EVA. Todos temos um pouco esse ser que teme ficar nu.


ESCAMAS.Os olhos tem a mania de criar.Ela ama a ideia do amor,mais do q o próprio.Ela sonha ou ama demais?Só saberá quando as escamas caírem


RECLAMA. Ela,engolida de medo pede uma palavra.Não sabe falar. O que no medo se diz, um fato, em silêncio se arrepende..


GRITO. Sua fala trouxe uma eterna lembrança: seu avô.Deste momento em diante sua voz escrita toma outra cor: empalidece e ainda assim,brilha


DESTINO. Eles se olham entre as janelas das memórias e temem. Mas as cordas da vida parecem agarrá-los. Os dois fecham os olhos. Seguem...


JÁ INTENSO. Ele diz a si mesmo:Desejo abandonar-me.Ela fecha os olhos e sorri,sabe que as palavras não lhe encerram.O silêncio ensina,a ambos


DEUS. Buscar ao Criador é como contar segredos para o sol... Encandeada, eu grito: lindo, encantador, real, absolutamente vívido!!!


Da espera: há um fino trato em espreitar o melhor momento e perdê-lo. Seja astuto, cochilar na alma é perder o desalinho do devir!


Meridianos: Meio-dia e você ainda esperando. Meia-vida e você ainda morrendo, pouco a pouco, de tanto esperar...

BÍBLIA: A Bíblia não fala. Falamos dela.


BÍBLIA: : Temos em mãos um livro testemunhado historicamente. Temos letras desafiadoras. Mas temos um abismo: nossos sentidos...

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Ordenamento Jurídico e Ordens Inclusivas...


Eia!
Mais uma escandalosa novidade desinteressante para imensa maioria!huahua
Amo isso! huahau
Estou virando especialista em garimpar objetos esquecidos, abandonados e gastos pelo tão só mencioná-los!
Trago agora uma pirâmide escalonar da ordem internacional!
Mas se você não sabe ou nunca ouviu falar em “pirâmide normativa escalonar hierárquica” não se preocupe! É apenas simbologia de um danado austríaco, jurista e filósofo que sistematizou o direito no mundo com essa espécie geométrica apenas para dizer:
quem manda num Estado?
Mas porque tomei sua imagem, já que não estou em seara nacional? Ora, porque é com essa figura que pretendo inserir KELSEN, BOBBIO e J. CUNHA – nas pirâmides que desejo chama-las “ordens inclusivas”. O direito internacional tentando escalonar-se.
Se você nem ao menos sabia que existem esferas internacionais, eis o problema: há muitos juristas que também desconhecem essa via externa e, em plena modernidade, querem ler o ordenamento nacional dispensando aquele ordenamento externo.
Lembra do danado do Kelsen?! Pois é, ele não só pontuava um conhecimento profundo pelo direito internacional como inadmitia que o ordenamento piramidal nacional ficasse restrito apenas aos seus extratos – ele afirmava expressamente que a pirâmide nacional é MERA DELEGAÇÃO da internacional... (glup!) E como estamos lendo a Constituição por tantos anos sem ter o mínimo conhecimento do direito internacional?! É mistério – obtusidade de um olhar isolacionista que ensimesmou o pensar e hoje perde-se com as influências desse mundo interligado – ou globalizado, como queiram...
E onde fica BOBBIO!?
Bem atrás de Kelsen, ele diverte-se com outras criações piramidais:

EXCLUSÃO TOTAL: “ao âmbitos de validade de dois ordenamentos são delimitados de maneira a não se sobreporem um ao outro em nenhuma de suas partes.”p.166
 





INCLUSÃO TOTAL: “significa que um dos dois ordenamentos tem um âmbito de validade compreendido totalmente dentro do outro.”p.167






EXCLUSÃO PARCIAL E INCLUSÃO PARCIAL: “significa que dois ordenamentos têm uma parte em comum e uma parte não comum.”p.167


                                             
                                                  

Com que modelo você fica, sabendo que as duas pirâmides relacionam-se com as relações entre o direito caseiro e o internacional?!
É essa resposta que busco...
E não me canso de duvidar do que creio...pelo menos não enquanto ciência...tudo é apenas  initio...

(Texto criado de um pensar intenso sobre minha Qualificação da Dissertação agora para Agosto/2012: Deus me valha!!! rsrsrsr).

Ileide Sampaio.

domingo, 15 de julho de 2012

A Mulher Desiludida (SIMONE DE BEAUVOIR)

“É preciso que me habitue. Sentei-me diante da mesa. Estou sentada. E olho essas duas portas: o escritório de Maurice, nosso quarto. Fechadas. Uma porta fechada, qualquer coisa me espreita, atrás. Ela não se abrirá se eu não me mexer. Não me mexer. Jamais. Parar o tempo e a vida. Mas eu sei que me mexerei. A porta se abrirá lentamente e eu verei o que há atrás da porta. É o futuro. A porta do futuro vai se abrir. Lentamente. Implacavelmente. Estou no limiar. Só existe esta porta e o que me espreita atrás dela. Tenho medo. E não posso pedir socorro a ninguém. Tenho medo.”(SIMONE DE BEAUVOIR, A Mulher Desiludida, Editora Nova Fronteira, 2010, pg.254)

domingo, 8 de julho de 2012

Do amor..


O amor talvez seja o sentimento mais desumano nos humanos..
É morada una de céu e inferno: imprevisível, indomável!
Indecifrável sentir de ocaso, de fim, de querer o não-fim, de não querer o querer, seguindo assim:
Antagônico!

Amor!
De lados opostos numa mesma moeda de sorrisos e lágrimas
De canções e choros
De andar e solidão esperneados...

Ele não retira do sentido.
Ele simplesmente toma toda forma, informe – afrouxando e apertando a auréola, dispersa!

Sentimento de sal.
Grava-se de sóis.
De choques em beiras de confrontos..
Impacto de frio e calor..
Raso e profundo – ultra-mar...

Mas o que há de aqui notar?!
O amor não se acha em qualquer lugar..
Nem se perde..
Ainda que você se desencontre dele.
Ele há de recriar um lugar..
E tudo.
Pouco a pouco.
Destronar

Amor Rei,
altar de vida e morte – 
Se vive em ti Sabes?!
Saberás!
Não cabe mais em ti.
É dele o trono..
O resto?!
...
Puro sentir...

quinta-feira, 5 de julho de 2012

O Fuso da Ansiedade

"O mais interessante é que ando engasgada com o que me espera na vida real ainda estando em Bonito-MS..."

Escrevi isto no primeiro dia que cheguei a Bonito para quatro dias de férias...

Agora meu passo segue em pleno vôo, literalmente, escrevo entre uma parada e outra das turbulências de volta das férias...

Nesse instante erupcionaram tantas lembranças, tive que as deixar por aqui...

É interessante a beleza da Vida, a Vida, toda ela, bem decorada, não como enfeite, mas como memorização de que ainda vale a pena buscar dela o lado mais sonhado...

Sim!, de sonho também se vive, não sempre, mas é dos sonhos que retiro forças para a rotina diária...

O que vinha zumbindo em meu ouvido enquanto voltava?!!: ANSIEDADE!!!

É interessante. 


Ela tem uma Cronologia toda própria, como o Fuso Horário que experimentei em Bonito-MS...

Vejam: Saí de MS 16:40h para uma hora e meia de viagem, que horas deveria chegar?!... Isso! 18:30h!!!
Ocorre que devido ao Fuso de uma hora a menos em MS, chegarei a Guarulhos 19:30h!!!

Vê?!
O mito dos ponteiros também sofre seus atropelos...
Ele, por vezes, também se rende a outros cursos de águas e é empurrado para outros mares...

O mais interessante que ficou em mim com este pensar?!

Ainda não cheguei a Fortaleza e minha cabeça já gira com o tanto a fazer quando chegar...

O Fuso da Ansiedade arrasta meu agora em sua cachoeira de questões...

Preciso aprender a serenizar o coração...

Descansar no segundo do passo dado...

Aprender que o que não posso é antecipar...

Reinventar meu tempo para além dos fusos do anseio...

Preciso recolocar os ponteiros!

Como fiz ao chegar a SP: Click! Pronto, lá estava uma hora vencida...

Foi-se o Fuso de MS, foi-se uma hora a menos para as tarefas...

Cheguei a Fortaleza com uma hora  a mais e outros anseios...


Ileide Sampaio.