As
páginas são meu desafio calado, estou a cerrar tantas letras em páginas brancas
que nem poderia somá-las,
“presenteá-las”
ao lixo que, ao vê-las, lhes reclama, ah que encanto lúdico!,
mas
continuo nesta provocação, nesta falta de rubor por enfrentá-las...
Certa
vez, estive em queda de braço com elas,
mesmo
quando a mente estava silente e sem nenhuma sombra de imaginação metafórica
que pairasse,
pus-me
a esta chaga de cercar as palavras todas ali, como se, por um instante, elas
fossem minhas,
tentei
manipulá-las, fiz-me até de seqüestradora, rogando-lhes mais um tempo comigo,
mas nada adiantou,
Fui
feita refém,
fui
mordida por um veneno,
um
certo vício:
sempre
vê-las sobre a pálida matiz ...
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