domingo, 22 de julho de 2012

Um choro, um anúncio..


Nem sempre são espalhados os convites para a dita data festiva: aniversário!?
Mas sabe-se do dito costume anual, em todas as tribos: Feliz aniversário...
o dicionário traz a lacônica descrição: “dia em que algo ou alguém, completa ano”,e os anos estavam em falta?
e o que completou-se naquele ser que bate palmas ao ar e sorri ao devir para esconder seu medo?!
meu Deus, como é patético desenrolar-se em dias mal contados, comemorados por algum folguedo de esperança daqueles que aprenderam contar?!!...
sim, mas e a viver?!hummm...basta completar anos?!
Bem cedo fui empurrada por um ventre irregular,
mesmo ali, enrolei-me ao máximo com aquele duto alimentício, fiz, deveras, força para ficar,
mas fui vencida por algum membro da escola de Hipócrates...
vieram as lágrimas, seriam aquelas as primeiras, confusas e cegas...mas cobertas por um manto de mistérios...
vejo-me então por entre algumas brechas saudosistas?!não, muito de crítica se enleva nessa hora...
guardo-me em um espaço pequeno, dias que resumiria em breves horas, incompletas?!...nada mais...
parece-me que encontrei a díspare verdade – “nada vale a pena debaixo deste sol”
mas tão pouco eu tentei – que seria de mim sem aquele empurrão primeiro?!
Desde o ventre envolvida, mas apenas em nós, nada que estivesse do “lado de fora”
Parecia que o oráculo lia no ventre exposto de minha mãe, meu destino:
Numa Sonata: “deverás desenrolar-se deveras – por toda a vida”...
Quem conhece meus sonhos nem imagina de minhas realidades – na verdade, nem mesmo eu...
Abismo que escapa aos olhos
seriam as notas deste futuro que, dia a dia – conheço – desconheço
Há mais de trinta anos o futuro vem se mostrando a mim
Sempre discreto, mas na maioria das vezes bem aquém de tanto sonho e esplendor
Talvez chegará o dia em que me ouvirão meus ouvidos,
E eles saberão que estava certa
Minhas letras confusas farão sentido
e, quem sabe?!
Meus olhos,
Enfim,
Sejam abertos
Até o dia em que cessem as lágrimas
Meus olhos se fechem
Volte ao útero do eterno mistério da vida...
sem pranto –
pelo menos não o meu!
...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.