Nem
sempre são espalhados os convites para a dita data festiva: aniversário!?
Mas
sabe-se do dito costume anual, em todas as tribos: Feliz aniversário...
o
dicionário traz a lacônica descrição: “dia em que algo ou alguém, completa
ano”,e os anos estavam em falta?
e o
que completou-se naquele ser que bate palmas ao ar e sorri ao devir para
esconder seu medo?!
meu
Deus, como é patético desenrolar-se em dias mal contados, comemorados por algum
folguedo de esperança daqueles que aprenderam contar?!!...
sim,
mas e a viver?!hummm...basta completar anos?!
Bem
cedo fui empurrada por um ventre irregular,
mesmo
ali, enrolei-me ao máximo com aquele duto alimentício, fiz, deveras, força para
ficar,
mas
fui vencida por algum membro da escola de Hipócrates...
vieram
as lágrimas, seriam aquelas as primeiras, confusas e cegas...mas cobertas por
um manto de mistérios...
vejo-me
então por entre algumas brechas saudosistas?!não, muito de crítica se enleva
nessa hora...
guardo-me
em um espaço pequeno, dias que resumiria em breves horas, incompletas?!...nada
mais...
parece-me
que encontrei a díspare verdade – “nada vale a pena debaixo deste sol”
mas
tão pouco eu tentei – que seria de mim sem aquele empurrão primeiro?!
Desde
o ventre envolvida, mas apenas em nós, nada que estivesse do “lado de fora”
Parecia
que o oráculo lia no ventre exposto de minha mãe, meu destino:
Numa
Sonata: “deverás desenrolar-se deveras – por toda a vida”...
Quem
conhece meus sonhos nem imagina de minhas realidades – na verdade, nem mesmo
eu...
Abismo
que escapa aos olhos
seriam
as notas deste futuro que, dia a dia – conheço – desconheço
Há
mais de trinta anos o futuro vem se mostrando a mim
Sempre
discreto, mas na maioria das vezes bem aquém de tanto sonho e esplendor
Talvez
chegará o dia em que me ouvirão meus ouvidos,
E
eles saberão que estava certa
Minhas
letras confusas farão sentido
e,
quem sabe?!
Meus
olhos,
Enfim,
Sejam
abertos
Até
o dia em que cessem as lágrimas
Meus
olhos se fechem
Volte
ao útero do eterno mistério da vida...
sem
pranto –
pelo
menos não o meu!
...
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