Disseram-me que meu Deus morreu
Nada de novo?!
SIM, HÁ!
Não era um ateu afirmando isto
Era uma cristã
Assustada ao ouvir o que concebo da ideia e pessoa de Deus
Ela bradou sem temor ou dó
Assustada ao ouvir o que concebo da ideia e pessoa de Deus
Ela bradou sem temor ou dó
"Teu Deus morreu!"
Por Decreto, Deus...
Mataram-te de novo!
Mataram-te de novo!
Não que a ideia de poder dizer quem é Deus seja nova
Mas isso ainda me assombra de uma forma nova que a palavra não sabe dizer
Bradar que a fé e Deus do outro não existem - mesmo existindo - dizer que é morto, diabólico, herético, burrice, estupidez
É uma velha sede de certeza que me estranha
Entenda! Para que Ele morra - deve morrer no meu mundo, não no teu!
Deus morreu
E, todo dia, ele nasce e morre
O que senti?!
A fé que tenho deve ser enterrada com meu Deus, porque parece
morto - ou, só porque é OUTRO?!
Sim!
Fui chamada de ateia por cristãos
E de cristã por ateus - claro que com aquela desconfiança e superioridade que supõe a fé como pressuposto de ignorância
Estranho isto, não é?!
Cada vez mais comum - cada vez mais incomum
Cada vez mais comum - cada vez mais incomum
Paradoxal?!
Morre ou Vive o Deus que creio?!
Lembrei, claro, da metáfora de Nietzsche – obra: “Assim
falou Zaratustra”.
Seu Profeta Zaratustra
Descendo a montanha
Sozinho
Encontrando um senhor de idade indagou de imediato:
“E o que faz o santo na floresta?” indagou Zartustra.
O santo respondeu: “Faço canções e canto; e, quando faço
canções, rio, choro e falo de mim para mim: assim louvo a Deus.”(2010, p.35).
Zaratustra não fala mais nada para aquele senhor – como
alguns pensam
Ele apenas pensa, sozinho e afirma:
“Será possível? Esse velho santo, em sua floresta, ainda não
soube que Deus está morto!”(p.35).
Outro decreto silencioso
Mas apenas guardado num pensamento
Interessante ler, ao menos, a obra por completo, pelo menos
esta, e descobrir a causa da morte:
“morreu de tanto amar os homens”(p.119)
Lindo! Não?!
Eu acho!
Poético!
Morre sim, mas não por decreto
Ateu permissivo até da fé – enuncia:
“Sim, eu tirei esta conclusão; mas, agora, ela me tira – Deus
é uma suposição; mas quem beberia, sem morrer, todo o tormento desta suposição?
Deve tirar-se, ao criador, a sua fé e, à águia, o seu pairar em aquilinas
distâncias?”.(p.115).
E faz até orações – ainda que possam ser irônicas
“Que é mais cética que todas
As mulheres casadas já maduras.
Deus queira melhorá-la!
Amém!”p.358
“E que Deus me perdoe
O pecado contra a língua!)”.p.359
“E já eis-me aqui
Como europeu,
Não posso de outro
modo.
Deus me ajude!
Amém!!”.p.361
O aparente motivo da briga
Não aponta a causa - ou a solução
A guerra não é se Deus existe ou não
O grande (ab)surdo é que não se admite uma OUTRA possibilidade fora do nosso mundo
Morre, Deus, por decreto?!
Não!
O que morre mesmo está oculto na guerra em nome de deus
Não aponta a causa - ou a solução
A guerra não é se Deus existe ou não
O grande (ab)surdo é que não se admite uma OUTRA possibilidade fora do nosso mundo
Morre, Deus, por decreto?!
Não!
O que morre mesmo está oculto na guerra em nome de deus
O que se vai matando, pouco a pouco, é o que existe do OUTRO no Deus de OUTRO
Se a ideia é outra - não serve - deve ser morta
Assassinos: ateus e religiosos - miram em deus, acertam apenas no OUTRO....
E deixam de conhecer as várias faces de: d(EU)s
E deixam de conhecer as várias faces de: d(EU)s
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