O escorregão!
Pronto, assim mesmo será definido: o escorregado!
O
C
A
Í
D
O
!
Esse arranjo sobre Deus ainda pulula - esperneia
Parece que querem ver o céu derrubar seus anjos dia a dia
Parece que a queda é a instância primeira do Deus que cria: sua primeira e única opcão
Parece, apenas parece
Quando ouço - às margens de algumas igrejas (porque não me
sinto mais filidada a nenhuma) – essa vociferação pela instância do empurrão, eu
fico assustada
E me pergunto:
"Haverá alguém no céu além de Deus?!"
Porque se só o Perfeito é tolerável, "só e somente só", Deus estará reduzido a um monólogo absoluto - cartesianamente recluso em si...
O além e o aquém; contudo, confusos, disparam: A metáfora da queda de lúcifer e, depois, a queda de Eva e Adão - são sinais de um "Deus" que empurra sem rubor!?
Só que a Bíblia traz um novo escorregão: o de Deus!
Sim!
Deus escorregando de seu trono absoluto - vindo - O Bem-VindO!
"De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome;"
(Filipenses 2:5-9)...
Sim!
Deus escorregando de seu trono absoluto - vindo - O Bem-VindO!
"De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome;"
(Filipenses 2:5-9)...
A pergunta que escorregadamente me observa
é:
“Temos que escorregar para aprender a andar?!”...
Se a resposta for afirmativa: andar pressupõe a queda - assim como esta àquele...
Deus nos fala e ensina em três níveis:
1) Na metáfora da queda de lúcifer: Ele, de seu trono, sonda o pensamento e determina a queda eterna do mesmo e de outros anjos aliados a ele;
2) Na metáfora da queda no Jardim do Éden: Deus anda pelo Jardim, na viração do dia, no pôr-do-sol, para ouvir Adão e Eva e sua rotina em um jardim ideal intocável...
Nem a perfeição do Céu
Nem a perfeição de um Jardim
conseguiram saciar a sede da criatura pela ambivalência - - - distração, foco, beleza - - -
3) E o terceiro - Só em Cristo - o escorregão de Deus
Sua decisão por DESCER
ESVAZIAR-SE
E o escorregão produz em nós esse sentimento: VAZIO
Ele veio!
Seja Bem-vindo Senhor!
Esta nossa terra de belezas e contrastes
Céus arranhados e estrelas pontiagudas
Aqui
Não há mais terreno seguro - nem céu, nem Éden
Ele veio!
E ao chegar aqui não ficou discutindo contrastes
Não saiu empurrando: curou enfermos de todas as doenças - menos da hipocrisia, parece que essa é a tradução perfeita da blasflêmia imperdoável
Muitos,
no lugar de Jesus,
chegariam aqui cantando a FAMOSÍSSIMA "Canção do Exílio"
Mas
Ele
Não!
Ele via beleza em nossos pássaros
Salvação e louvor perfeito em pequeninos
Fé exemplar em soldados
Pureza em samaritanos...
Estamos aqui: Jesus e nós - reféns da contigência da vida, em cada dia
Se a resposta for afirmativa: andar pressupõe a queda - assim como esta àquele...
Deus nos fala e ensina em três níveis:
1) Na metáfora da queda de lúcifer: Ele, de seu trono, sonda o pensamento e determina a queda eterna do mesmo e de outros anjos aliados a ele;
2) Na metáfora da queda no Jardim do Éden: Deus anda pelo Jardim, na viração do dia, no pôr-do-sol, para ouvir Adão e Eva e sua rotina em um jardim ideal intocável...
Nem a perfeição do Céu
Nem a perfeição de um Jardim
conseguiram saciar a sede da criatura pela ambivalência - - - distração, foco, beleza - - -
3) E o terceiro - Só em Cristo - o escorregão de Deus
Sua decisão por DESCER
ESVAZIAR-SE
E o escorregão produz em nós esse sentimento: VAZIO
Ele veio!
Seja Bem-vindo Senhor!
Esta nossa terra de belezas e contrastes
Céus arranhados e estrelas pontiagudas
Aqui
Não há mais terreno seguro - nem céu, nem Éden
Ele veio!
E ao chegar aqui não ficou discutindo contrastes
Não saiu empurrando: curou enfermos de todas as doenças - menos da hipocrisia, parece que essa é a tradução perfeita da blasflêmia imperdoável
Muitos,
no lugar de Jesus,
chegariam aqui cantando a FAMOSÍSSIMA "Canção do Exílio"
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."
Mas
Ele
Não!
Ele via beleza em nossos pássaros
Salvação e louvor perfeito em pequeninos
Fé exemplar em soldados
Pureza em samaritanos...
Estamos aqui: Jesus e nós - reféns da contigência da vida, em cada dia
Sem canções de exilados - que ousam refugiar-se na alienação de que só o céu é lugar para andar com Deus..
Eu tenho muito medo do futuro de jovens sem prumo – sem
qualquer aliança com valores pelos quais valha uma vida mais idealizada, menos
pragmática...
Mas também temo, e muito, os outros jovens, adultos e crianças, lançados no hall de Igrejas que pregam um Deus que nos cria para nos jogar ladeira à baixo...
Mas também temo, e muito, os outros jovens, adultos e crianças, lançados no hall de Igrejas que pregam um Deus que nos cria para nos jogar ladeira à baixo...
Eu não sei você
Nem sei se alguém me lerá
Não importa ( Eu escrevo como cantam os passarinhos: para anunciar dias e noites para os céus!)..
Mas eu não vejo mais Deus como aquELE que ama dar empurrões...
Eu queria reeditar sua visão desse Deus escorregadio – que
espera só um deslize para te por inferno à dentro
Eu queria lembrar do absoluto destempero que Ele teve com a
absoluta condenação humana
Eu queria que retivesse a figura de um Deus encarnado
Não reencarnado – para não fazer da vida presente
despicienda
A figura de um Deus ferido, pobre, humilde, santo – por ser
humanamente incrível!
Eu queria que soubesse que Ele chorou quando perdeu um amigo
Eu queria que soubesse que Ele foi perseguido e pobre desde
o berço
Eu queria que soubesse que Ele preferiu andar com pecadores
dos mais descabelados
Eu queria que soubesse que ele assumiu a pena capital da
forma mais desumana que o Império Romano
aplicava
Eu queria que soubesse que Ele não teve direito à ampla
defesa, advogado, nem a qualquer Tribunal justo
Eu queria que soubesse que Ele foi traído por um amigo que
Ele mesmo escolhera para estar do seu lado
Eu queria que soubesse que Ele não guardou ressentimento,
mas beijou a Judas como que despedindo sua alma daquela prisão que o enforcaria
Eu queria tanto que o mundo inteiro soubesse disso!
Para apontar esse Deus que não tem apetites por procurar escorregões
Indico esta preciosa reflexão sobre a Graça, ministrada pelo Amigo Músico Pastor Márcio Cardoso - foi ouvindo esta mensagem que escrevi o texto acima. Por este motivo a compartilho:
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