quarta-feira, 13 de março de 2013

Significantes....


Se tivesse mais um segundo ela desmentiria tudo...
É que aquele instante – para ela – foi uma repetição
O coração marcando passos
Ela sentia tudo, como se o tudo fosse algum som do passado

Fantasmas nem sempre são inominados
Alguns tem nome e sobrenome
E são desejados

Para mim fantasmas mesmo são aflições
Para ela são memórias

E como eu diria algo contra sua forma de significar?!

Quantas lágrimas ela deixou de derramar por saber que aquele nome e sobrenome tem vida sem pausa?!

Pois é, ela ainda bebe destes sinais para resfriar o viver

E eu, o que faço aqui?!

Eu apenas conto estórias
Eu apenas conto nos dedos
Eu apenas tento viver desembaraçando o embaraço – dizem que sou boa em responder
Mal sabem:
Sou colecionadora de dúvidas.

Ela sorri como se aquele instante já fosse outro
E vê concatenação quase musical nos tempos
As angústias que lhe apresento ela responde
“É, uma hora tudo se transforma, evolui, se melhora”

E eu fico a me derramar em contingências
Eu fico a transformar várias frases de indulgências
Quero que o não sentido faça esse sentido mesmo: de opor-se
De inquietudes – inquietas, porque vivas!
O QUE VEMOS é espelho
Muito de nós – Mito de nós - em outros nós
Eu ainda não vejo bem além daqui
Ela ainda acena para parede e me diz:
“êi, amiga, não estamos sós por aqui!

 E eu li aquela frase lembrando de Deus e seus anjos...

E ela falou lembrando de mais do que isso...

É, o que falamos, os nossos textos e arre(medos), são apenas intervalos - breves - de e(ternos) inícios...

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