Se tivesse mais um segundo ela desmentiria tudo...
É que aquele instante – para ela – foi uma repetição
O coração marcando passos
Ela sentia tudo, como se o tudo fosse algum som do passado
Fantasmas nem sempre são inominados
Alguns tem nome e sobrenome
E são desejados
Para mim fantasmas mesmo são aflições
Para ela são memórias
E como eu diria algo contra sua forma de significar?!
Quantas lágrimas ela deixou de derramar por saber que aquele
nome e sobrenome tem vida sem pausa?!
Pois é, ela ainda bebe destes sinais para resfriar o viver
E eu, o que faço aqui?!
Eu apenas conto estórias
Eu apenas conto nos dedos
Eu apenas tento viver desembaraçando o embaraço – dizem que
sou boa em responder
Mal sabem:
Sou colecionadora de dúvidas.
Ela sorri como se aquele instante já fosse outro
E vê concatenação quase musical nos tempos
As angústias que lhe apresento ela responde
“É, uma hora tudo se transforma, evolui, se melhora”
E eu fico a me derramar em contingências
Eu fico a transformar várias frases de indulgências
Quero que o não sentido faça esse sentido mesmo: de opor-se
De inquietudes – inquietas, porque vivas!
O QUE VEMOS é espelho
Muito de nós – Mito de nós - em outros nós
Eu ainda não vejo bem além daqui
Ela ainda acena para parede e me diz:
“êi, amiga, não estamos sós por aqui!
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