sexta-feira, 15 de março de 2013

No dia em que o amor acabou....


No dia em que o amor
acabou

Já disseram em frases de bíblias e em outras línguas:
Poetas e artistas - pintando à conta gotas o dito: o amor – criado – ousou – acabou
Soçobrou...


Nas falas dos romances – instantes – breves nuances – que, parecem, perder o fulgor

Já disseram que seria sem prazo – cantado por Paulo e até pelo incrível Renato
Mas o que disseram não fez diminuir o sentir
O que se quer é ainda que ele exista – é mais que ideia construída é uma ida: atrás de ruínas

Já ouvi tantos fatos e relatos e também tive os meus contos – sonhos
De todos eles e de tudo isto, ainda, insisto: ínsito, inquebrável, vive – o amor – na esquina próxima, ou na avenida inteira

Vive
Ainda quando perde-se de vista
Vive
Como sinal indicativo de que a vida foi feita pra ser partilhada
Não como hóstia, mas como pão
A quebrar-se e alimentar um pouco tudo – tudo – um pouco

Rir-se
Condição de quem olha na forma e vê ainda a plenitude

Se
                        Refração
Eu
                        Desconfio
Inação


Eu ainda conto histórias de amor
Eu ainda faço versos


E aquela notícia de fim - que terror!
Era mero momento falando mais alto sobre o tempo

Eu ouvi na janela
Uma voz amarela
Dizendo nas frestas
Uma ideia inquieta:

Hei!
Aqui!
Ainda vivo – graças a Deus – ainda estou vivo  -
vivo
estou!

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