Queria tratar de algo que me custasse cada gota de tinta
aqui derramada...
Queria mesmo era desenhar uma expressão que martelasse nos
ouvidos da minha alma por dias...
Mas o que tenho em mãos é tão pouco...
Apenas papel e caneta...
Por isso percebi algo....
Apenas papel e caneta...
Por isso percebi algo....
Escrever é uma oração!
Para quem olha para aquela aprendiz de escritor não há nada
ali
Ela conversa com seres imemoriais – invisíveis
No canto da boca traz alguns sorrisos, as vezes chora
Tudo ali
Diante de um papel e uma caneta, apenas isso...
Mas o que a leva a escrever,
O que trará alguma linha rara?!
O que trará alguma linha rara?!
Ah, isso é indizível!
De onde brota a inspiração de Nietzsche, Shakespeare,
Goethe, Dante, Quintana, Pessoa, Clarice e tantos outros..?!
Há sim alguma
fagulha divina em escrever
Há algum mistério
religioso
Uma prática e
disciplina ferventando as ideias, liberando mais tom
Uma crise que se
transforma em oração
Uma semana que se
alheia toda, devota-se em terminar o conto, a crônica, poesia ou fado..
Não é fardo
É uma oração...
Como se cada parte
do texto fosse uma paixão daquelas
Não faz bem nem mal,
apenas não nos deixa viver sem
A escrita é a filha
dessa paixão apavorada,
essa oração fervorosa...
essa oração fervorosa...
O que ela nos pede
eu não sei
Só sei que teimo,
insisto: hei de escrever... Com ou sem inspiração: é minha reza, meu pedido, minha oração...
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