São dias difíceis os nossos
Dias em que o que muito se pede – não se investe
Dias em que o Sol, a Lua, o Mar, as Estrelas e o todo do universo não é suficiente
Insuficientes
São dias cinzas os nossos
Máquinas-pessoas que mal conhecem, mal saem, mal conversam,
mal se veem
Máquinas-pessoas que tudo querem, nada querem, tudo sabem,
nada sabem
Frenéticos
Freneticamente
São dias como nenhum outro
São dias que parecem menos que os outros
São dias de tributos – tudo e todos à nos cobrar
Insanos
Instantâneos
São dias, ainda
São ainda, dias
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