Sim!!,
Sim?!?!
Não!!!,
Não??!
Estávamos
em mesmos mundos, mas
Em Países
diversos
Fusos
horários embaralhando-nos
Dia
de aniversário que pedia os "Vivas"
E
eles eram bem merecidos
Estavam
bem ensaiados para o dia certo
Que,
para mim, ainda não tinha sido iniciado
Mas
para ele estava já em pronto fulgor
Quatro
horas nos diferenciavam
Parecia
um surto ouvir dele:
“Dê-me,
Peço-te!
Meus
“parabéns”!
Ande
logo,
Quero
dormir...”
E Eu
aqui vivendo ainda em 20:00h
E
ele, no além mar do Velho Mundo, requerendo os traços da meia-noite
Eu
lhe prometi uma escrita
Fiz
chover naquele dia?!
Disse algo mirabolante, inusitado?!
Claro
que não!
Mas
aquelas diferenças de circunstâncias me fizeram balizar
Estamos
assim quase sempre
Em
quase todos os relacionamentos
Um
está em um fuso da vida
E O
outro em um outro
Estamos
nos conectando pelo fio da memória
Estamos
tentando alguma sintonia
O
fio por vezes rompe-se
Quebra
com a tensão sombria e liga-se com a atenção preciosa
Estamos
reclamando do dia que amanheceu
Enquanto
o outro ainda nem dormiu
Estamos emburrados com o segundo que para nós é festa
Enquanto o outro ainda cerca-se das quatro horas anteriores
Enquanto o outro ainda cerca-se das quatro horas anteriores
Estamos
em fusos
Nossos
relacionamentos em fusos
Diferentes
que somos, ainda ousamos agrilhoar
Requerer
Prever
Comprometer
Mas
é ouvindo do outro lado da linha
Muito mais que ouvindo - penetrando cada palavra
Muito mais que ouvindo - penetrando cada palavra
Aquela
mesma que nos pomos a criar
Porque ao ouvir
Somos surpreendidos por nossas percepções de mundo
E
Devemos silenciar um pouco nosso fuso
Treinar a alma
Guardá-la
Domesticar instintos...
Tentar ver o desenho do outro
Porque cada olho vê face nova
Meu rabisco para ti
Teu rabisco para mim
São signos - bandeiras tremulantes
Para não mais nos perder
Porque ao ouvir
Somos surpreendidos por nossas percepções de mundo
E
Devemos silenciar um pouco nosso fuso
Treinar a alma
Guardá-la
Domesticar instintos...
Tentar ver o desenho do outro
Porque cada olho vê face nova
Meu rabisco para ti
Teu rabisco para mim
São signos - bandeiras tremulantes
Para não mais nos perder
Temos que caminhar mais
Equilibrando silêncios
Caminhar
Caminhos pendulantes...
Equilibrando silêncios
Caminhar
Caminhos pendulantes...
Dependurados
Na corda bamba de tanto querer
É
assim,
Seguindo
o passo do descompasso
Sem
calço
Seguindo
Dando
parabéns horas antes
Mesmo
sentido estranha a sensação de não ter ainda alvorecido
Festejando a festa que só ocorreu do outro lado do Oceano
Para ver no outro o sorriso do novo dia
Anos e antros
Passam para dizer que naquele minuto que não te entendi
Também
não me entendeste
estávamos conversando sem ouvir os fusos de ambos...
Confusos
Confusos
Segundos
Soltos
Correndo pela imensidão de novos mundos
(in)Seguros
Certos
que teremos aquele nosso fio
Fio
de prata
De
outro
Ouro
Ou
De
Algo que nos faça
sermos
Uma fusão de fusos -
um (ex)istir
Um algo em flor
para além dos nós ...
Uma flor de nós
....
E quantos ainda estão segurando seus rabiscos
Gritando ao outro o seu significado
Surdos
Berrando?!
Como crianças, brigamos por pouco
Nos desgastamos por menos ainda
Ficamos roucos
E corremos o risco de
Ficarmos sós
com nossos rabiscos
....
Abriremos mão
de nós?!
E quantos ainda estão segurando seus rabiscos
Gritando ao outro o seu significado
Surdos
Berrando?!
Como crianças, brigamos por pouco
Nos desgastamos por menos ainda
Ficamos roucos
E corremos o risco de
Ficarmos sós
com nossos rabiscos
....
Abriremos mão
de nós?!
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