Estava
esmagada por aquela pedra
Ela,
invisível para todos, não cansava de pesar
Não
cansava de ser peso
Nem
de ser aquilo que mais insistia - sobre
mim
Aquela
pedra estaria bem melhor colocada se estivesse no trânsito
No meio
do caminho.
Pior seria
Se a
pedra estivesse sobre mim
E não
sobre meu caminho
Mas ela escolheu a mim...
Queria ela agora pelo caminho
A
chutaria
Ela não
faria parte de mim
Estaria
apenas no meio do caminho
Mas o
caminho é mais que o meio
Ele é
o absurdo todo
O Além
O que faço eu então?!
Deixo-a correr de mim?!
Pedra estranha
tu não eras verso
não tinhas esse nome
O que fiz de ti?!
Queria-te longe
Bem afastada do meu peito
Suportaria pedras por todos os lados
Mas não aqui
Não tenho coração para durezas
De pedra nunca será
Ouvi no meio do caminho
Que a pedra evita desalinhos
Calça alguns momentos pendulantes
Ainda que o mesmo dito seja ambulante
Ouvi ainda, em mim, um dito de Hidra:
Escapar,
Tentar fugir,
Seria como tentar vencer Hidras cortando-as....
Multiplicando-se
Sufocam-nos...
Devo então vencê-las?!
Queimá-las
no fogo da razão....?!
Eu devo apenas seguir...
Abrir a janela
E correr,
Mas não de mim...
Não das pedras...
Se necessário for
Correrei para carregá-las
E as olharei com um olhar de artífice
Mas não farei estátuas
Erguerei algo que se desapegue da ideia inicial
Quem para elas olhar pensará em tudo
Menos que eram pedras:
Para se viver bem
Deve-se esquecer...
Eu devo apenas seguir...
Abrir a janela
E correr,
Mas não de mim...
Não das pedras...
Se necessário for
Correrei para carregá-las
E as olharei com um olhar de artífice
Mas não farei estátuas
Erguerei algo que se desapegue da ideia inicial
Quem para elas olhar pensará em tudo
Menos que eram pedras:
Para se viver bem
Deve-se esquecer...
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