terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Esse instante de nada, o tudo...



Nesse cenário de vida

Nesse encanto de cores

Nessa intensa fumaça do tempo

Nesse meio tempo


Tudo é névoa

Tudo é nada

Mas aqui ainda querem nos repetir: “O Nada é tudo!”


Nesse estrelado céu dos meus sonhos

Nesse mundo real obtuso

Nessa estrada que pende entre curvas

Tudo é névoa

Tudo é nada

Mas aqui ainda querem nos repetir: “O Nada é tudo!”


Nessa ventania de calor e frio

Nessa festa de barulhos sem som

Nesse acordar desatinado

Tudo é névoa

Tudo é nada

Mas aqui ainda querem nos repetir: “O Nada é tudo!”


Nesse dia 04 de Janeiro de 2011 em que vi a morte

Nesse instante em que, pela ÚLTIMA VEZ, vi meu tio Plínio, só que agora longe do seu corpo...

Nesses segundos desconcertantes...

O peso mais certo era aquele cântico sombrio:

Tu és névoa!

Tu és nada!

O tudo?!?

Não ousem mais me repetir!

O tudo: não é mais que o nada!

A vida – esse TUDO soberbo – não é mais que o nada... é um prólogo silencioso de um veredicto divino ulterior..

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