quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

De soslaio....


Há uma chama inquieta em mim
Que lateja por algo não conseguido
E que pede cada vez mais o Movimento, o Novo, o Desvendamento
Pareço infantilizar ou não – desconheço
O sono parece sumir pela vontade de engolir mais um pouco da vida desperta
Acorda!
A corda, alma minha, está com muitas outras pontas
Queima, acende e apaga num ímpeto descontrolado – incendeia
Centelha - irradia sem controle indicando vários caminhos e pousos
Não sei se estava certa, não sei se estou, apenas me deito mais tarde acordo mais cedo
Faço conta dos segundos – dos centésimos do dia que já deixei correrem de mim
Me insubmeto cada vez mais ao que querem ditar a mim


Sumi de mim por alguns dias – na verdade nem voltei ainda
Precisava me desligar – fingir que não me importava com assuntos que me custaram e custam a própria vida
Me atropelo?!
Estou mais madura?!
Mais infantil?!
Julguem-me daqui em diante porque agora não sou só eu
Sou um monte de questões num limbo - empurrando–as,
mas parecem não perecerem
Multiplicam-se no fértil terreno do anseio – do amanhã – do futuro – do tempo
e de outros algozes...

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