segunda-feira, 10 de maio de 2010

Do anseio...





Aqueles dias em que a esperança toma o viço do medo

Quando a alma é arrebatada pelo cálido segundo ainda não despetalado

Nesses dias em que fenece a alma pelo anseio resguardado entre muráis de bronze

Encontro-me ausente do instante que se apresenta

Sou um outro momento e não o agora

Um instante disperso, sem azo nem passo

Uma porta entre-aberta

Uma casa destelhada pelos ventos do medo –

num pleno deserto.

Cura-me então a sede, Deus sem-pressa

Trata-me os olhos da alma

Ajuda-me a destrilhar os passos do desassossego

Erige em mim um altar-silencioso

Um acesso a tua harmonioza morada

Acesa por teus serenos olhos....











nada mais!

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Como afirmado pelo meu querido Goethe:

"[....] Oh vida! oh labirinto!
de novo o mesmo sois.

Já renascer me sinto.
[....]
Começa em vagos sons meu estro a palpitar,
qual de uma harpa eólia o triste delirar...

Já sinto estremeções; o pranto segue ao pranto,

e o duro coração se abranda por encanto.

O que foi, torna a ser. O que é, perde existência.
O palpável é nada. O nada assume essência. "...genial..."O FAUSTO", por favor - leiam!!!

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