Os encontros designados Biologia na noite sugerem a
possibilidade de recriar uma fogueira imaginária em redor da qual podemos fazer
aquilo que creio ser tão necessário nos nossos dias. E que é reencantar o
mundo. Uma constrangedora aridez foi-se instalando como nossa condição comum. A
culpa não é evidentemente nossa. Mas nós herdamos uma ideia de ciência que vive
de costas para a necessidade de trazer leveza e construir beleza. (MIA Couto. P.49 e se Obama fosse
africano? Ensaios).
Quero
trazer aqui um ensaio sobre a importância do mestre por meio de um ensino poético - inspirador. Quero
resgatar o mais antigo discurso: a iluminação que nos move a seguirmos alguém.
Quero
propor um ensino que angarie alunos pela alma.
Quero
esquecer um pouco toda estilística acadêmica, quero sentar ao lado de Warat e
reaprender a falar e a ouvir – desconstruir a robustez mirrante dos “juristas”.
Quero
me importar menos com o ritmo frenético dos cursos de Direito – quero descansar
o começo e o fim da aula com algo que os alunos levem para dentro de si.
Quero
que os alunos vejam o mundo. Para começar, vejam o professor. Este ser
invisível para alguns, este redator das notícias e conhecimentos, serviçal
apenas, tem alma profunda e afunda quando não visto
Este breve ensaio fala do quanto nos perdemos – e falo, intensamente, do curso de Direito,
mas sei que há problemas por todos os lados – como não sou um mundo todo – trato
do que abarco.
Quero
encontrar colegas de profissão e ver nos olhos deles novo ânimo.
Quero alunos
menos beligerantes, mais amáveis, menos amargos, menos orgulhosos, menos
soberbos, principalmente, os ditos “concurseiros” – toda esta armadura seja
deixada de lado – ao entrar em sala – quero que eles abram a janela da alma e
me olhem nos olhos...
Talvez este ensaio seja movido pelo dia de hoje: 15 de outubro, mais um dia do professor que vivo,
Talvez este ensaio seja uma “poética do
devaneio”(BACHELARD) –
Convido a todos achando que o mundo inteiro não me
lerá, mas, se você me leu até o momento, o mundo inteiro não importa.
Importa,
de verdade,
o mundo que virá.
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