sexta-feira, 20 de abril de 2012

No meu alvo, me desfiz...

Recriei meu coração Tornei-o meio bobo Meio tolo, meio e pouco De repente essa era a forma fazê-lo um outro Me desfiz Fingi que não Que não estava aqui Que não passou por mim Que tudo que importava não importava mais Que tudo que sonhei não sonhava mais Subi Desci Ao alto Ao baixo Recreando o momento que mal o vendo já soava ao olho o só-fim Corria , corri Sem eira, mas na beira de um caminho que eu pudesse me esquecer Esquecer de mim?! Era esse o plano! Desligar-me ,enfim Só sossego e paz não tive Tive , isso sim, momentos de um eterno esforço de fugir Fugir de mim Fugir daqui, aqui estando Recriei as forças, os passos, os dardos Lacei em novos alvos, eles... sem graça que eram, perderam-se de gastos Perdi Perdi pra você Tempo sutil Nervo de lembrar que não me deixa escapar Escapar de mim?! Não! Mas ao menos do que não está mais aqui Daquilo que perdeu-se de mim Mesmo tendo-me levado Ainda sobrevivi Hoje sigo um simples e eterno anseio Um alvo que não requeiro Que não consigo perseguir Esse alvo está aqui Ele é um desejo De desejar o fim...

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